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Mellon Collie And The Infinite Sadness

As vezes fico pensando como comecei a gostar de Smashing Pumpkins e infelizmente não consigo lembrar, que fadiga que me dá, afinal é uma das bandas que mais gosto de ouvir, das que sonho em ir a um show. O fato é que canções como Cherub Rock, Mayonaise, Tonight Tonight, 1979, não saem das noitadas na minha casa ou das discotecagens que me dão a oportunidade de fazer.


Ano passado vocês aplaudiram demais a matéria que fiz para o Siamese Dream, disco de prateleira da minha vida. Hoje trago outro que completa meu coração, Mellon Collie And The Infinite Sadness.


Em seu terceiro álbum, que irá competar 27 anos em outubro, os caras renovaram seus riffs de guitarra, mais fortes, com pitadas de psicodelia, em um conjunto de faixas pra lá de ambicioso, essas que soam frescas pra mim até hoje, afinal eu comecei a ouvir a banda não faz nem 10 anos, acredite se quiser, mas como aquela frase pra lá de taxada, tudo tem seu tempo.


Integravam a banda na época do lançamento: Billy Corgan (vocal/guitarra), James Iha (guitarra rítmica), D'arcy Wretzky (baixo) e Jimmy Chamberlin (bateria).


São 28 faixas, dificilmente veremos tamanha audácia nos dias atuais, ou até mesmo capacidade para isso.

Uma curiosidade é para a canção Zero, que contém seis guitarras rítmicas usadas entre outras técnicas para mudar o som. Ao longo do álbum, as variações de efeitos sonoros e elementos de sintetizador podem ser ouvidas e sentidas de faixa para faixa, oferecendo um novo ângulo. Essa mudança de dinâmica levou o The Smashing Pumpkins a ser bem recebido por um público mais amplo e mostrou a outros artistas da época que às vezes um álbum duplo pode não apenas servir a um propósito, mas abrir um gênero.


Bullet With Butterfly Wings e Zero, têm referências as suas raízes grunge. Mesmo os momentos mais experimentais, como em We Only Come Out At Night e Galapogos, se encaixam na natureza exploratória geral do disco.


Mellon Collie, foi relançado e remasterizado como um boxset de 4 LPs, e tanto o box quanto um original em perfeitas condições, você não encontrará por menos de 2000 mangos no mercado de colecionadores, mas vale cada centavo.


Certa vez li em um site que Billy Corgan e companhia passou direto de uma turnê mundial para o próximo álbum, e quando as sessões de gravação terminaram, a banda tinha 57 faixas para escolher, das 57 músicas foram reduzidas para 32, e depois 28, para o lançamento do disco como um álbum duplo (ou um álbum triplo, se você for fã de vinil).


O clássico de 95 estreou em primeiro lugar nas paradas da Billboard e recebeu impressionantes sete GRAMMY indicações e nove indicações ao MTV Video Music Award. O quarteto de Chicago deixou um impacto imensurável na indústria da música com uma verdadeira obra-prima moderna.


Todo mundo deve ter ouvido pelo menos uma parte de Mellon Collie em um ponto ou outro.


Se você era um fanático do Pumpkins ou simplesmente estava vivo na década de 1990, não havia como escapar dos vocais apaixonados do vocalista Billy Corgan, não me pergunte como demorei tanto...


Das músicas que ficaram mais off, se assim posso dizer, Galapogos é uma das minhas preferidas, o disco se torna perfeito por suas flutuações entre músicas altas e suaves, elas podem estourar seus tímpanos, como é evidente em Tales of a Scorched Earth e XYU, mas faixas como Cupid de Locke e Porcelina of the Vast Oceans, soam como se fossem escritas por uma banda completamente diferente. Esse contraste funciona a seu favor na maioria das vezes, mas às vezes eles simplesmente não sabem quando diminuir o volume. Catarse.


The Smashing Pumpkins deixa pro resto da vida um legado como uma das maiores bandas dos anos 90 e de todos os tempos, isto é fato consolidado.


Um disco com 28 faixas e tantas histórias fica difícil de compactar tudo aqui hoje e ainda assim acho melhor voltar mais e mais vezes nele. Mellon Collie and the Infinite Sadness continuará a ser reconhecido como um álbum que definiu uma era.

-Gui Freitas

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